Noite de Domingo para Segunda Feira, 0.50h .
A pequena está com tosse há 5 minutos, embora ainda durma.
Não espero mais: vou preparar o material para lhe fazer uma nebulização.
Tudo pronto, vou buscá-la e levo-a ao colo para a sala.
Faço-lhe a nebulização enquanto a mantenho a dormir ao meu colo.
E de repente... dá-se um daqueles "momentos de pai".
Um daqueles momentos em que nos apercebemos verdadeiramente da fragilidade daquele ser que temos nos braços e do quanto ele depende de nós.
Ao mesmo tempo apercebo-me do quanto ela já cresceu. E, curiosamente, tomo consciência do facto ao observar o pezito dela, descalço no meu colo.
Meu Deus, é um pé tão pequeno, mas... caramba já foi tão mais pequeno, tão mais minúsculo. Aquela planta do pé, aqueles deditos já foram tão mais pequenos...
Como cresceu!
É giro observá-lo, uma vez que o pé não é tão facilmente visto como por exemplo as mãos.
E depois vêm aqueles pensamentos mais dolorosos: imagino que cada vez falta menos tempo para ela deixar de ser "só nossa".
Qualquer dia entra-me aí em casa com algum gabiru, daqueles que usam calças com os bolsos pelos joelhos e a exibir os boxers como condecorações de algum feito digno de recordar.
Ó filha... cresce... mas não cresças, percebes?