Segunda-feira, 31 de Março de 2008

Fotos e ídolos

Há algum tempo atrás a minha pequena decidiu colar na sua cadeira de refeições dois autocolantes. Não faço ideia onde é que ela os arranjou. Um era de uma rapariguinha que nem imagino quem seja e o outro era do Cristiano Ronaldo.
A semana passada dei com o meu puto a olhar embasbacado para aquilo e a pôr a mão, com a palma aberta, na orelha. Estranhando dei-me depois conta que estava a imitar a moça do autocolante. Até aqui tudo bem! Depois é que já não sei...
Quando ele reparou no autocolante do Cristiano Ronaldo desatou aos berros "Papá! Papá!" enquanto apontava para a foto e a rir-se para mim!
Eu sei que posso ver isto de duas maneiras mas, honestamente, prefiro pensar que ele fez alguma confusão entre as imagens porque o pai também apresenta um porte atlético capaz de fazer corar de vergonha qualquer Cristiano Ronaldo deste planeta.
Não pode haver nenhuma outra ideia que se extraia desta confusão, pois não?
Contado por Pai Babado às 16:10
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Terça-feira, 25 de Março de 2008

Páscoa 2008

A Páscoa deste ano revelou-se um bocado atribulada!
A saúde do pequeno não melhorou de acordo com as expectativas e na 6ª Feira Santa fomos outra vez ao hospital. Resultado: ficou internado! A pneumonia não apresentava evolução favorável.
De maneira que o nosso fim de semana foi passado entre turnos de trabalho e viagens constantes até ao hospital, mais jantares a horas impróprias e regresso a casa completamente exausto... apenas para recomeçar tudo no dia seguinte.

No entanto aprendi com algumas pessoas que me dizem muito que devemos sempre procurar ver alguma coisa de bom em tudo o que nos acontece. Desta forma não posso deixar de afirmar que:
1- Durante estes dias experimentei uma estranha sensação que foi a de dormir no meu quarto de solteiro, uma vez que não quis estar a sujeitar a pequena a levantar-se de madrugada para a levar aos avós. Assim optei por dormir em casa dos meus pais e a pequena dormiu comigo. E de facto foi um bocado bizarro voltar a dormir naquela cama, naquele quarto ao fim destes anos todos... de uma certa maneira foi engraçado.

2- Este episódio permitiu ainda que a pequena passasse algum tempo a sós connosco (quer comigo, quer com a mãe e até com os avós), o que me parece ter sido muito positivo e era algo que eu acho que ela estava a precisar há algum tempo.

3- Por outro lado ela assim conseguiu ter uma Páscoa bem especial com a madrinha (obrigado Cris , és um amor). Ficou com ela toda a tarde e noite de Domingo e aproveitou o facto dela também não trabalhar na 2ª e voltou a ficar com ela o dia inteiro. Vinha felicíssima, entusiasmada e acho que está ansiosa por voltar a ter esta oportunidade.

Julgo que visto desta maneira as coisas nem são assim tão más.

No final de contas o rapaz já está em casa e aparenta estar em pleno processo de recuperação. Não lhe faltou carinho, apoio, nem faltaram as visitas durante o internamento (Avós, tio, madrinha, padrinho, primos,...)

Vamos lá a ver se agora respiramos um pouquinho...
Contado por Pai Babado às 18:24
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Quarta-feira, 19 de Março de 2008

A su(r)p(r)esa do Dia do Pai

Chegada a hora prevista lá fui em direcção à pré, com alguma ansiedade, não posso deixar de admitir. O que é que a pequena lá teria para mim? Que surpresa teriam eles lá andado a preparar para os papás?
Lá chegado fui (juntamente com os outros pais) convidado a fazer uns trabalhos manuais em conjunto com a pequena. O resultado foi este:e mais este:
Em seguida tivemos a oportunidade de ir lanchar um belo bolo de chocolate que todas as crianças ajudaram a confeccionar.
Depois veio a prenda propriamente dita. Vinha num saco assim:
e assim
Lá dentro trazia isto:Por sua vez dentro da caixa vinha isto: puzzle

e um dominó
Foi um belo momento.
Entretanto tive oportunidade de descobrir (num cartaz lá afixado) que para a minha filha ser pai é:
- dar comer aos filhos;
- passear na rua com os filhos.

Esperava outras coisas mas... é o que se arranja!

Entretanto chegado a casa tinha uma outra prenda do mais pequeno:

Resumindo e concluindo... foi um belo Dia do Pai!
Contado por Pai Babado às 22:45
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Estou ansioso

Contado por Pai Babado às 10:43
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Educação: diferenças

Tenho cada vez mais a consciência que, independentemente do que dizemos ou dos nossos desejos, as experiências de educação variam de filho para filho. Exemplo: o dormir!
Com ela tivemos a oportunidade de a habituar a dormir no seu quarto com alguma facilidade, apesar de lá termos passado muitas noites, e de muito raramente a termos colocado a dormir connosco.
 
Já ele, como é um mamão de primeira, obriga-se a ficar entre nós de maneira a que a mãe não ande a levantar-se de meia em meia hora para lhe dar mama.
 
É algo que, confesso, não me agrada não só pelo desconforto que implica mas também pela sensação de "injustiça" para com a pequena. No entanto (e para me acalmar o espírito) vou pensando para mim mesmo que foi uma evolução e que decidimos aderir às propaladas vantagens do Co-sleeping "...
Contado por Pai Babado às 02:12
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Exigência?

Não consigo deixar de pensar inúmeras vezes se algumas das opções que tomo com a pequena são as mais correctas. Muitas vezes sou tentado a pensar que sou demasiado exigente com ela e que ela é muito nova para estar a ser tão duro.

Ela é uma criança extremamente sensível, mas dotada de uma personalidade "especial": fica muito sentida se lhe dirigimos uma palavra mais áspera, mas também é menina para amuar valentemente e fazer birra se as coisas "não lhe cheiram".

No entanto às vezes acho que ela é demasiado contida, demasiado apegada a regras e fica um bocado aflita se não faz bem alguma coisa. Apercebendo-me que possa ser por algum excesso de exigência, eu tenho tido o cuidado de lhe dizer que não há mal nenhum em cometer erros e que dessa forma é que podemos aprender. No entanto continuo a aperceber-me que ela fica sempre à rasca quando não faz bem algo que lhe pedem (seja na aula da piscina, na pré ou noutro lado qualquer). Talvez seja mesmo um toque de personalidade dela!

Apesar disso há uma coisa que eu sei: não vou abdicar dos meus princípios, nem daquilo que considero ser o mais correcto para a educação dos meus filhos. Não me vou tornar um contorcionista educacional. Admito que possa cometer erros, sem qualquer dúvida, mas esses erros serão cometidos na certeza de estar a fazer o meu melhor para os preparar para a vida e de me entregar totalmente a eles com um amor sem limites.

Contado por Pai Babado às 02:05
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Fintas do destino

Na semana passada os dois pequenos andaram queixosos, rabugentos. Ela na 3ª feira com queixas de dores num ouvido, molita e sub-febril . No dia seguinte melhorou mas, ainda assim, andou uns dias meia abananada.
Ele começou umas queixas na 4ª feira de madrugada, com uma noite muito agitada. Ao meio dia estava com febre de 38ºC . Demos-lhe um antipirético e fomos controlando a coisa, tal como é dito "nos livros". Durante mais dois dias a coisa foi-se mantendo ora com melhoras, ora com pioras.
Para tornar a situação mais difícil de gerir tive durante todo o fim de semana uma reunião em que a minha presença era importante. Estive até à última a ver se era de ir ou se ficava em casa. A minha mulher assegurou a coisa e lá fui, embora mantendo sempre um contacto regular via telemóvel para me ir inteirando da situação do cachopo.
No domingo (dia limite para ir ou não ao médico, pois passava os 3 dias completos com febre) as notícias eram animadoras: a noite tinha sido melhor e ele dava sinais de maior vitalidade.
Tudo correu bem até à noite... já depois de eu ter (finalmente) chegado a casa o rapaz iniciou um quadro de queixas e prostração. Avaliada temperatura - 39,4ºC . Fomos para o hospital à Urgência, com a secreta esperança de ser confirmada uma qualquer virose. Visto pelo médico, auscultado, foi fazer Rx . Diagnóstico: Pneumonia!... "Jeitosa", de acordo com o médico, obrigava a internamento para fazer terapêutica intravenosa. E nesse momento o mundo quase desabou: fomos acometidos de um brutal sentimento de culpa por não termos ido mais cedo com ele ao hospital. Os nossos conhecimentos como que nos tinham "traído". Apesar de (honra lhe seja feita) o médico ter referido que ninguém tinha culpa da situação e que nós tínhamos feito exactamente aquilo que eles recomendam a toda a gente... a sensação de culpa ficou. Voltei de imediato para casa, para poder cuidar da pequena da melhor forma possível, agora que a mãe e o irmão não estariam.
Assumo que aquela viagem de volta a casa foi terrivelmente sofrida. Fiquei com a sensação de que, naquela altura, ser pai era a "profissão" mais solitária do mundo.
 
Felizmente só lá estiveram uma noite: ele reagiu muito bem à antibioterapia e regressou logo a casa onde, apesar de manter picos febris, já dá mostras da sua recuperação.
 
É aguardar...
Contado por Pai Babado às 01:46
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Quarta-feira, 12 de Março de 2008

Quem manda aqui?

Ainda me consigo recordar perfeitamente do cuidado que tivemos na decoração da nossa casa, enquanto jovem casal a viver o sonho de finalmente termos o nosso cantinho. A procura, a consulta de catálogos, o andar de loja em loja à procura daquela coisa especial que fizesse com que aquela divisão fosse de facto nossa e não igual à de todos os outros vizinhos.
Lembro-me perfeitamente da cara desesperada do empreiteiro sempre que chegávamos ao pé dele com um "é só mudar mais esta coisinha". Não esqueço os comentários dos trabalhadores que aplicaram os materiais de acabamentos no apartamento: "Ele nunca vai vender isto" (julgavam que a casa ainda não estava vendida) ou então (o melhor de todos) "Isto deve ser para alguns tipos de Lisboa, das Artes ou do teatro".
Hoje continuo feliz pelas opções que fizemos e pelo esforço conjunto para termos a "nossa" casa.
Confesso no entanto que, independentemente de algumas opções menos convencionais que tomámos, nada me preparou para os seguintes elementos decorativos presentes na nossa sala:

(uma casa com direito a túnel de entrada)

(tapete decorativo com uma pequena cidade)

E é por estas e por outras que não consigo deixar de ter um sorriso na cara quando ouço naquelas discussões entre pais e filhos, os primeiros usarem aquele "fortíssimo" argumento de "enquanto estiveres debaixo do meu tecto quem manda aqui sou eu e fazes o que eu te digo".
Contado por Pai Babado às 10:13
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Quarta-feira, 5 de Março de 2008

Ainda e sempre... espanta-me

A miúda agora passa tempos infinitos a desenhar e a pintar. Gosto mesmo daquilo (pergunto-me onde é que ela terá ido buscar o gosto pois ao pai não foi, de certeza absoluta) !
Há uns dias estava embrenhada em mais uma tarefa e no final apareceu na cozinha onde nos disse:
- Tenho aqui uma su(r)p(r)esa. Fecha os olhos.
- Uma surpresa? Uau, que fixe!! Vou fechar os olhos.
- Já 'tá papá?
- Sim, já fechei os olhos.
E ela:
- Nem vais acreditar no que os olhos vão ver !!

Até fiquei parvo: já não sei se não acreditei no que os meus olhos viram ou no que os meus ouvidos ouviram!!!!!
Contado por Pai Babado às 10:28
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Devo ser doido

Nos últimos tempos tem-me sido extremamente difícil conseguir fazer qualquer post . Aliás tem-me sido extremamente difícil fazer o que quer que seja!! E porquê? Basicamente... porque devo ser completamente doido!!
Vejamos: já não bastava trabalhar por turnos, a minha mulher trabalhar por turnos, ela estar a fazer uma Pós-Licenciatura em Coimbra 3 dias por semana e ter dois filhos pequenos naquela fase em que só conseguem estar um ao pé do outro a chatearem-se... ainda resolvi aceitar um convite que me foi feito para assumir responsabilidades (elevadas, muito elevadas) na associação de voluntariado de que faço parte.
Assim os dias passam-se a atender telefones, andar a correr para reuniões, responder a emails (muitos... milhares... como é possível haver tantos?), deitar-me em média às 02h da manhã, negociar trocas com os colegas de serviço para poder estar onde preciso, etc., etc.
Claro que com isto tudo há (muitos) dias em que ando literalmente de rastos, o que me deixa menos disponível para os meus pequenos. E aqui é que reside o problema: eu gosto muito do desafio que me foi feito. É motivante, entusiasmante e... medonho! Mas o tempo e disponibilidade a que me obriga faz com que tenha que estar mais ausente dos meus. E às vezes no meio de uma viagem sozinho à noite, depois de mais uma reunião, parece que a coisa "bate"... e fico meio desanimado.
Mas depois volto a pensar que este sacrifício vai resultar também para o bem deles.

ps : Sei que muita gente me tem dado "prémios", o que agradeço. O facto de não responder a eles não se prende com qualquer tipo de desconsideração. É mesmo falta de tempo e cansaço.
Contado por Pai Babado às 10:21
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