Quarta-feira, 31 de Maio de 2006

Sacana

É o que me apraz dizer: ela é uma sacaninha!
Eu explico: um dos estranhos prazeres que a pequena tem é beber a água do banho. É verdade! Por mais que se lhe diga que a água é suja e não a deve beber, ela está a borrifar-se para a coisa.
Vai daí, sempre que pode, pimba: mais um golito de água.
Para a impedir comecei a ser mais ríspido nas repreensões. Mas ela lá engendrou maneira de dar a volta ao texto. Como? Simples...... No final do banho (que normalmente sou eu a dar) chamo a mãe para vir ajudar a tirá-la e secá-la. Às vezes, se a Gina não me ouve, tenho que a ir chamar e saio do wc. A cachopa começou então a pedir sempre no final do banho para eu ir "chamá a Gina". Eu de início desconfiei de tanta vontade, até que um dia resolvi tirar a prova dos 9. Saí do wc e escondi-me. Quando espreitei lá para dentro aí estava a cachopa deliciada a sorver a água do banho.
Confesso que fiquei surpreendido (agradavelmente, devo confessar) pela capacidade demonstrada de associação de ideias que a pequena já demonstra. Mas também assustado: que diabo, se nem tem ainda dois anos e já nos quer atirar areia para os olhos desta maneira, o futuro não augura nada de bom.
Que bela sacaninha se está a formar...
Contado por Pai Babado às 19:05
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Segunda-feira, 22 de Maio de 2006

O 1º Carrossel

Este ano estávamos um pouco ansiosos por levar a pequena à Feira de Março. Achávamos que agora ela já ia achar graça aos carrosseis e que se ia divertir. Lá a levámos e fomos em direcção aos carrosseis mais pequeninos. Aqui chegados ficou especada a olhar e...... mais nada. Nós bem que a tentámos fazer ir para um, com calma, mostrando as diversas opções. Nada, não estava para aí virada. Passados 10 minutos desistimos e lá nos convencemos ( pela enésima vez) que efectivamente temos uma filha que "é do contra". Decidimos ir a uma barraquinha lanchar e ela lá andou a depenicar alguma coisita e a beber água. Eis que de repente (ainda o lanche não tinha acabado) ela diz: "Qué i vê o cavaliiii". Foi uma surpresa para nós, mas lá a levámos a ver os ponéis. Chegados lá notámos que ela olhava com redobrado interesse para um pequeno carrossel, com barcos e cisnes num lago. Perguntámos-lhe se ela queria ir, ao que respondeu afirmativamente.

Quis entrar no "pato" (cisne). Lá lhe demos todas as recomendações para que não largasse as mãos e não se levantasse. Ela assim fez.... na 1ª volta. Na 1ª seguiu direitinha, sem grandes ondas e com uma carita séria, concentrada. Na 2ª já sabia como funcionava a coisa e devia sentir-se mais à vontade. Pois bem mexeu nos dois volantes, falou e para terminar em beleza até mudou de banco. Ficou toda contente por ter andado e nós também. Não tenho dúvidas nenhumas que daqui a uns anitos (muito poucos) estaremos a carpir mágoas por esta nossa ideia. É que os preços daquilo não são nada meigos, não senhor.
Contado por Pai Babado às 15:39
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Boa vontade

- Papá, qué comê Nóni Chocoá.
- Queres comer um Danoninho de chocolate?
- Siiiiim.
- OK. O papá ajuda.
- Não. A Ma-i-ã dá. A Ma-i-ã dááááá.
Mais palavras para quê?

Contado por Pai Babado às 15:20
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Sábado, 20 de Maio de 2006

O vício

Começa a causar-me algum desconforto o caso de verdadeira paixão assolapada que a miúda desenvolveu com a chupeta.
Eu sei que ela ainda é nova e não está a passar das marcas. O tempo de largar a chupeta ainda não se ultrapassou, nem chegou a qualquer altura crítica.
Depois de ler este artigo fiquei ainda mais à nora: se por um lado até acho que nós não lhe negamos carinho e atenção, conversamos com ela e tudo mais, por outro parece-me completamente impossível, nesta altura, negociar o que quer que seja relativo à "pê-pê".
Porque simplesmente me parece que ela está cada vez mais viciada. Se quando nasceu só a usava a dormir agora é raro o momento do dia em que não anda com ela. Acho que isso só acontece mesmo se estiver completamente distraída, porque caso contrário lá vai ela buscá-la.
Eu já iniciei o processo de a ir mentalizando aos poucos para ela a largar, dizendo-lhe que já é grandita para a chupeta, etc e tal. Mas nada feito. Ela gosta é de andar com ela na boca. Às vezes até se põe na palhaçada a chuchar em duas ao mesmo tempo!
Eu até lhe digo que a chupeta é boa é para os bebés pequenos como o Pedro que vai nascer, mas nem assim...
O que me traz outro problema: eu gostava que ela a largasse antes do irmão nascer, para não correr o risco dela fazer qualquer tipo de associação entre este facto e uma experiência (eventualmente) menos boa (a pensar nesse problema mudámos já a rotina de ir dormir: agora é pai e mãe alternadamente, não importa o choro que haja a contestar o facto).
Vamos lá a ver o que dão as nossas futuras negociações...
Contado por Pai Babado às 17:18
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Sexta-feira, 19 de Maio de 2006

Educadora....pois!

Uma das coisas mais inesperadas, e por vezes inquietantes, de que me vou apercebendo nesta árdua tarefa diária de ser pai é a seguinte: os filhos são bestiais educadores. É verdade!
Eu sei que, supostamente, isto deve funcionar ao contrário: os pais é que devem educar as crias. É assim em todo o reino animal. Mas de facto o bicho homem tem as sus vicissitudes...
Ontem pelas 19.30h a Mariana iniciou um pungente pedido para ir tomar banho. Ok, lá fui eu começar a pôr a água a correr na banheira. Entretanto fui à cozinha falar com a Gina, acabadinha de chegar de mais um dia de aulas em Aveiro. Epá........ sei lá, achei que era só normal ir falar com ela, perguntar-lhe como lhe correu o dia, especialmente agora que está em altura de entrega de trabalhos, enfim algo que um bom marido deve fazer.
Pois.... só que foram 2 minutos em que um pequeno ser não esteve parado. Quando cheguei à casa de banho deparei-me com a bela imagem que se pode ver em baixo.
Todos os sapatos que estavam em repouso no hall (fora da sapateira, portanto) foram parar dentro da banheira. Com a água sempre a correr em bica...
A dificuldade seguinte foi como explicar à cachopa que aquilo era feio sem nos desmancharmos a rir. Acho que ela teve uma enorme sorte: o pai está em casa de atestado e a mãe (apesar das aulas) está a gozar férias laborais. Se assim não fosse era capaz de ter sido uma pequena tragédia!
No entanto disto há uma lição a tirar: foi uma maneira definitiva (acho eu) de nos fazer deixar de ter sapatos em exposição no hall. No limite também serviu para nos fazer pensar numa próxima compra para a casa: uma sapateira maior.
Daí que, apesar da minha relativa surpresa, não duvido: ela também (já) nos educa.
(Meu Deus, ela só tem 22 meses. Daqui para a frente isto só piora......)

Contado por Pai Babado às 14:25
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Quinta-feira, 18 de Maio de 2006

Receita para um jantar desastroso

Ingredientes:
500 gr de mimo

200 gr de desobediência
100 gr de intolerância
1 chupeta desaparecida
150 gr de choro
50 gr de berros
Cansaço qb
Recusa em comer

Modo de preparação:
Junte os ingredientes um a um, calma mas seguramente.

A desobediência deve ser adicionada sempre de forma crescente.
O desaparecimento da chupeta é imediatamente seguido dos berros e do choro.
Junte os ingredientes em lume brando. Este deve ir aumentando de intensidade até saltar a tampa.

Esta receita assegura a qualquer família portuguesa um jantar memorável.
Contado por Pai Babado às 22:45
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Quarta-feira, 17 de Maio de 2006

"Dói-dói"

Os dias que estive no hospital revelaram-se, como não podia deixar de ser, geradores de enorme saudade das minhas duas mulheres, apesar de ter tido a companhia diária da Gina.
A pequenita também lá foi quase todos os dias. A excepção foi o dia da cirurgia propriamente dita.
No dia em que entrei no hospital a pequena foi lá de tarde (não foi à enfermaria, que isto de infecções nosocomiais é um problema que levamos a sério). Desci ao rés do chão e assim que cheguei ao pé dela a sua decisão foi clara: agarrou-me na mão e disse "vamos embó(ra)".
No 1º dia depois da cirurgia tive o cuidado de vestir um casaco e colocar o dreno no bolso, para não a assustar. Ela quando me viu quis logo colinho, que eu dei na medida do possível. Depois lá viu o grande penso no pescoço e perguntou: "O qué ito?" Lá lhe expliquei que era um "dói-dói" que o pai tinha, mas que ia passar.
A Gina contou que houve um dia de manhã em que ela acordou e perguntou se eu estava a dormir. Ela respondeu-lhe que eu estava no hospital, ao que a pequena disse: "A tatá o dói-dói".
Os primeiros tempos em casa foram engraçados, na medida em que a garota estava com saudades de mim e não me largava. Já ocorreram intensas sessões de dança, capazes de fazer corar qualquer Fred Astaire
e Ginger Rogers....
Desde aí e até hoje, que já estou em casa há dias, todos os dias ela aparece com um "dói-dói" novo, seja na cara, na mão, na perna, enfim..... Mas diz que vai passar.
Contado por Pai Babado às 17:00
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Terça-feira, 9 de Maio de 2006

Dia da Mãe

Sim é verdade, um post do dia da mãe (com algum atraso é verdade, mas...). Um post sobre o dia da mãe porque, de acordo com a ordem natural das coisas (e eu sou muito naturalista nisto), para se ser pai ainda é preciso haver uma mãe. E a Mariana tem "uma ganda mãe"! Carinhosa, atenta, presente e com umas belas ideias sobre educação. Este ano oferecemos-lhe o relógio do Dia da Mãe criado pela Swatch. A bem dizer já não é nenhuma novidade, uma vez que lhe ofereci o primeiro no dia seguinte ao nascimento da Mariana e outro no ano passado. Mas como eles são bem giros, trazem sempre um "acrescento" (jarra para flores, mala de mão ou batons), e ela gosta muito de relógios junta-se o útil ao agradável. Este ano teve a particularidade de já ter sido entregue em mão pela filhota. A mamã gostou muito.

Contado por Pai Babado às 18:10
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Ausências

A propósito de uma ausência de alguns dias que se apresta a chegar por questões de saúde, vem-me à memória o período de tempo que estive mais afastado da Mariana: aconteceu aquando da realização do Eurojam, de 30 de Julho a 10 de Agosto de 2005, em Inglaterra.
A participação nessa actividade escutista tinha sido definida antes ainda do nascimento da pequenita. Havia prazos de pré-inscrição que permitiam uma participação mais barata e tinha que se aproveitar. Assim foi.
Eu confesso que talvez não tenha avaliado bem a coisa, mas também era difícil: nunca tinha passado pela exeriência de ser pai e não imaginava o quanto me iria custar estar longe dela.
Havia também outra coisa que me inquietava: ela tinha pouco mais de uma ano, estava já numa fase em que interagia imenso connosco, e eu receei profundamente que com tantos dias de afastamento ela se esquecesse de mim ou que quando eu regressasse reagisse com medo.
Claro que a tudo isso a Gina reagia com tentativas de me acalmar e assegurou-me que todos os dias lhe falaria de mim.
O dia chegou e depois de carregado o autocarro lá me despedi delas com um nó na garganta. Entrei e sentei-me junto à janela para as ver. E nessa altura ela ao colo da mãe acenava com a mãozita a dizer adeus, enquanto olhava para os vidros, sem me conseguir vislumbrar. Confesso que foi difícil segurar as lágrimas.
Em Inglaterra o tempo foi-se passando bem, tal era a quantidade de coisas que havia para fazer, mas todos os dias telefonava a saber como estavam as coisas. A Gina sempre me foi tranquilizando, dizendo que lhe falava de mim e que ela dava muitos beijinhos numa foto minha.
O regresso foi uma viagem que nunca mais acabava e que proporcionou voltar a estar juntinho às minhas duas mulheres e me deu a enorme alegria dela me receber com um sorriso e dizer "Pápá". Foi difícil, mas passou-se.
Não garanto era que fosse capaz de voltar a fazer o mesmo (pelo menos com ela tão pequenina).
Contado por Pai Babado às 13:17
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Sexta-feira, 5 de Maio de 2006

Material de 1ª classe

Esta semana houve necessidade de ir ao pediatra, por causa de uma ferida na cabeça que nos andava a inquietar (já está tudo resolvido, felizmente). Eu não pude ir, por estar em Coimbra todo o dia.
Segundo a mãe a coisa até começou bem: na sala de espera estavam uns bebézitos e ela lá se foi comportando porque eles estavam a fazer "á-á". O problema foi quando teve que começar a tirar a roupa para ser pesada e medida. Aí começou mais um fantástico solo de canto vocal que, estou certo, envergonharia qualquer Monserrat Caballet. É que a pequena tem uns agudos estridentes que nos entram pelos ouvidos e sobem directamente, batendo com uma violência extrema no interior do crâneo.
E a coisa continuou já dentro do consultório. O pediatra (honra lhe seja feita) usou de toda a pedagogia para se tentar aproximar dela cautelosamente. Debalde. Ele a certa altura afirmou: "Já há muito tempo que não aparecia cá uma assim". Pois.... deve ter sido desde a última consulta dela. E continuou com os elogios: " Tens uma grande personalidade".
Vá lá que, pelo que pagamos da consulta, obtemos (pelo menos) duas coisas:
- um médico simpático
- a certeza de uns pulmões verdadeiramente fulgurantes.
Contado por Pai Babado às 23:43
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