Dado o meu feitio um bocado intempestivo gosto de, por vezes, deixar passar algum tempo a reflectir sobre as coisas antes de dizer algo.
Claro que à conta disto sou acusado de ser calado, antipático, pouco dado, etc, etc.
Mas vem isto a propósito de um artigo que li há uns domingos na revista do JN.
Nesse artigo vinha a seguinte informação: cerca de 75% (setenta e cinco) das empresas no Reino Unido tinham pura e simplesmente proibido que os trabalhadores enfeitassem qualquer local das empresas com motivos alusivos ao Natal.
Motivo: os CEO's dessas empresas não queriam correr o risco de serem processados por empregados que professassem outras religiões que não a católica e que, como tal, se sentissem ofendidos pelos símbolos natalícios!
E aquilo fez-me espécie...
Pergunto-me: que raio de mundo é este que estamos a criar em que em vez de eu me alegrar por ver o meu colega/vizinho/conhecido feliz, fico mas é furioso e vejo a alegria dele como um atentado pessoal à minha liberdade e à minha própria alegria?
Não seria muito mais fácil chegar ao pé dele e dizer-lhe: "Olha fico contente por estares a viver uma época de alegria para ti. Espero que quando eu viver a minha também fiques feliz por mim."
Mas parece que isto é muito difícil de fazer.
Triste mundo este em 2006, tão cheio de coisas que nos ligam globalmente, tão cheio de coisinhas que nos afastam de quem está mesmo, mesmo ao nosso lado.
Afinal parece que nem mesmo o Natal é quando o Homem quiser, é só quando o vizinho não se incomodar...
De
pipokka a 2 de Janeiro de 2007 às 17:18
e de facto uma infelicidade! que raio de valores se baseia a nossa sociedade de hoje??
Sabes que o presidente da minha empresa e mais ou menos assim... no ano passado ele estava a "presidenciar" outra empresa do grupo e mandou passar a ronda para serem retirados qq efeitos alusivos ao Natal... Mas este ano que chegou a nossa nao teve coragem.. seremos fortes demais para ele lolol?
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