Terça-feira, 8 de Agosto de 2006

Isto não é fácil

Confesso aqui alguma dificuldade em gerir a dupla paternidade.
Quando nasceu a pequena foi como que um deslumbre, um andar nas nuvens.
Agora não. Por um lado é óbvio que a sensação já é minimamente reconhecível, por outro desta vez existe um ser que requer atenção contínua.
As viagens a Coimbra diárias, o chegar tarde a casa, trabalhar, andar com a cachopa para casa dos avós, enfim..... foi difícil arranjar um tempo para "curtir" o nascimento do miúdo a 100%.
Um dos aspectos que também tem sido difícil de conseguir gerir é a habituação da Mariana ao irmão. Acredito que a dificuldade é mais minha que dela, mas....
Em resumo, tenho tentado por todos os meios leva-la a aceitar e a ver o irmão como um elemento mais na família e não como alguém que lhe vem roubar algo. Penso que tenho sido bem sucedido no plano até agora, embora ela por vezes fique chateada por não a podermos atender tão prontamente, especialmente a mãe, por limitações físicas óbvias.
Apesar de tudo ela quer ver o Pedro a mudar a fralda, a beber leite, a dormir, a tomar banho....
Quer à força toda enfiar-lhe uma chupeta na goela, mas ele não vai nisso!
Mas parece-me que ela o está a inserir muito bem no seu mundo.
Como muitos me dizem ela vai aceitá-lo sem grandes dificuldades. Vai ser um "filme" maior para nós do que para ela.
Contado por Pai Babado às 19:42
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A guardiã

Saída da enfermaria da maternidade a 4. Venho eu à frente, com o Pedro no ovo.
Em frente à enfermaria fica o bloco de partos, de onde vem a sair a "nossa" obstetra. Cumprimento-a, pouso o ovo e ela fica a vê-lo e dá a mão ao Pedro, enquanto pergunta pela Mariana. Ela chega, vê-a e....... vai direita a ela e saca-lhe a mão de cima do Pedro, enquanto a mira de alto a baixo em tom de desafio, como que a querer dizer: "Tira a mão, que isto não é teu e não te conheço de lado nenhum!"
Contado por Pai Babado às 19:36
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Sexta-feira, 4 de Agosto de 2006

Ena, ena

Hoje, na casa da avó, a Mariana fez pela primeira vez xi-xi no bacio.
A avó ligou à mamã e foi ela própria que lhe contou.
Ligou também ao pai, mas aí já não tive tanta sorte. Não mo quis dizer. Tudo bem, não há crise.
Os sinais andam a ser bons!
Contado por Pai Babado às 15:24
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Dia 01

Contacto telefónico com a Gina: o miúdo dormiu bem, e as dores foram suportáveis. OK, grande evolução relativamente à primeira cesariana.
Deambulei pela casa a atar algumas pontas que tinham ficado soltas pela pressa do pequeno em agarrar a vida deste lado do útero.

Fui ter com a Mariana. Dormiu bem, muito bem em casa dos avós. Óptimo, mais uma etapa superada e um acréscimo de sossego para nós.
Brinquei com ela, levei-a a um baloiço e mostrei-lhe a foto do irmão. Reacção: "É um bébé pequeniiiiiiiiiiiiito!"
Andámos pela rua e toda a gente lhe perguntava pelo mano. Comecei a recear que ela enjoasse o assunto e depois quando o visse a coisa corresse mal.
Fui para Coimbra e ela foi lá ter mais tarde com os avós.

Entrou no quarto, viu a mãe com o irmão ao colo e disse: "E(s)te é o Ped(r)o Nuno."
Assim, desassombrada. Viu-o, disse que era um bébé pequeno, e depois queria pô-lo a dormir e dar-lhe papa.
Aquilo para ela, desconfio bem, era (mais) um boneco.
Recebeu as prendas do irmão (insistiu em dizer que o DVD era um livro) e por ali andou.
Até que se lembrou que lhe queria pegar. Sentámo-la na cama e segurámos o bébé no colo dela. Deu-lhe festas, passou-lhe a cara na dele disse-lhe: "P(r)onto pequenito, não cho(r)a"
Foi fantástico, reagiu muito bem. Aparentemente sem grandes problemas. Aceitou bem que a mãe tem um "dói-dói" e que tem que ir ao "sinhô dôtô".
A viagem de regresso foi feita de girafa e dvd na mão. Ao chegar a casa disse: "Ago(r)a vamo ve(r) as (h)istó(r)ias que o mano deu"
Fiquei radiante pela forma como ela aparentemente estava a lidar com a coisa.
Mal só correu mesmo a parte de ver as histórias. Ela pediu para ver a dos 3 porquinhos. Eu tive que ir arranjar o quarto para a pôr a dormir e fiquei com a sensação que ela podia ter medo do lobo. Quando passei pelo hall, espreitei-a e ela estava com uma face de medo, quase a chorar. Fui ter com ela. Ela disse: "Que(r)o a out(r)a ca(r)ochinha!Que(r)o a out(r)a ca(r)ochinha!"
Estava cheia de medo do lobo, quase a chorar. Optei por lhe mostrar a história da carochinha e explicar-lhe que o lobo não apanhava os porquinhos e não lhes fazia mal. Lá viu a carochinha e começou logo a rir-se com os animais que eram recusados para casar com ela. De enfiada viu o Capuchinho Vermelho e não se importou com o Lobo.
Para hoje já está prometida uma sessão das histórias da carochinha a dois, com explicação do que se for passando, para ela não ter medo dos personagens.
Contado por Pai Babado às 15:03
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Quinta-feira, 3 de Agosto de 2006

Foi mais ou menos assim

Quarta-feira, 2 de Agosto de 2006, 08h: - Acorda! Temos que ir para a maternidade. (Quarta?? Então mas a consulta é só amanhã, quinta!) - Passei a noite toda com contracções, temos que ir. Acho que já se rompeu o "saco das águas". Ok, siga. Ligar à avó para ficar com a pequena, aprontar as coisas e arrancar. Uma ligadela rápida à obstetra, mensagem no voice mail e vamos embora. Viagem tranquila, porque os balanços estimulavam as contracções. Chegada à maternidade pelas 10.15h e aguardar para ser observada. Confirmação feita da ruptura do saco e ordem para internar, com dilatação de apenas 1cm. O marido, para não variar é rapidamente escorraçado das instalações. Começa aqui mais um episódio da saga "Ser pai é a profissão mais solitária do mundo", na sequência de outros épicos como "O casamento é da noiva, o homem é um apêndice necessário". Lá me arrastei a ler um jornal até que fui almoçar, para fazer tempo até às 14.30h, altura em que começam as visitas. O almoço foi uma sopa xxxxl. Não comi o L, quanto mais o x... Lá regressei à maternidade e fui ter com a Gina que me disse estar com 3cm de dilatação e a aguardar observação por um médico. Lá foi, o médico fez o toque para estimular a coisa, e ordem para ir para a sala de partos. Lá aguardámos que a dilatação se processasse. Entretanto chegou a altura de se colocar o cateter epidural e, apesar de não ter sido exactamente fácil, conseguiu-se. O que só por si já nos deixava bastante tranquilos, uma vez que com a Mariana não tinha sido possível e o pós parto foi horrivelmente doloroso. Como a coisa não atava nem desatava fui lanchar, o que me valeu mais uma hora à espera de poder subir novamente ao bloco de partos. A Gina disse que a campaínha nunca tocou, e eu vou acreditar, uma vez que durante o dia de hoje só posso tecer os mais rasgados elogios aos profissionais que trabalham na Daniel de Matos. Foram mais umas horas de espera até que o obstetra disse que o melhor era mesmo ir jantar, porque a coisa estava demorada. Nesta altura já tinham chegado (praí desde as 18h) a Adriana, futura madrinha, e o Tó-Zé. Fui jantar com eles. E como lhes agradeço a companhia que me fizeram e a conversa que fomos encetando enquanto se enganava o estômago. Bem hajam amigos! Regressei ao bloco de partos e ....... choque. Aquilo não estava a correr bem: a dilatação não avançava, o colo do útero parecia involuir e a Gina apresentava febre. Resultado: opção cesariana. E confesso que abanei! Não estava preparado para aquilo. Pensava ir assistir a um parto normal, mesmo que o processo se arrastasse pela noite dentro. Mas não dava, uma vez que o Pedro apresentava sinais de algum sofrimento fetal. Fiquei a pensar que mais uma vez não poderia assistir ao nascimento de um filho. Azar.... Mas faltava mais uma surpresa: o médico convidou-me a assistir. Agradeço-lhe do fundo do coração e ficar-lhe-ei eternamente grato. Equipei-me e entrei no BO, onde a Gina me recebeu com um largo sorriso. Também ela estava visivelmente satisfeita pela surpresa. O processo foi relativamente rápido, pude dar o apoio à Gina que ela precisava, mas sou obrigado a confessar que a certa altura tive que me concentrar na cara dela e evitar olhar para a zona do abdómen. O suor escorria-me pelas pernas e a cabeça estava a ficar leve... ok respira fundo, concentra-te... siga! E às 21.30h o Pedro saiu para o mundo. Choro forte (parece que deve ser sina nossa ter crianças que berram a sério), 3570Kg. Um rapazão. Bem maior que a irmã, mas com bem menos cabelo. Passado algum tempo colocaram-mo na mão. Chorou um pouquito (ao contrário da irmã que se calou quando veio para o meu colo), mas nada de especial e depois calou-se. Passei para uma salita onde já me tinham antes entregue a Mariana e lá fiquei com o cachopo.

Olhos bem abertos a maior parte do tempo, uns resmungos e depois toca de chuchar na manga, na mão e mais que houvesse. Lá começou a saga de sms, telefonemas, etc. A sensação era diferente do que foi com a Mariana. Ou não? Quando olhava bem para ele o coração parecia ficar levezinho.... se calhar foi igual à Mariana. Sei lá. Só sei que estava muito feliz. Depois lá fomos para o quarto (cama 214) com a mamã e o rapaz começou a mamar. E foi pelo bom caminho rapidamente. Fui chamar a Adriana o Tó-Zé, que vieram ver o rebento.

Neste dia todo não deixámos nunca de pensar na Mariana. Ligámos várias vezes, mas ela estava bem. Andou o dia todo com a avó, depois ao fim da tarde ainda teve a visita da outra avó e do padrinho. Pela hora tardia a que isto terminou optei por deixá-la a dormir em casa da avó. É a primeira vez que vai dormir fora de casa. Espero que corra bem. Amanhã vai ver o irmão, que ela já sabe que nasceu, e estou curioso para ver como ela vai gerir a coisa. O irmão traz-lhe prendas: uma girafa do Imaginarium e um DVD das "Histórias da carochinha".

A aventura recomeça, agora com dois descendentes.

Contado por Pai Babado às 01:06
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Se dúvidas houvessem

(Apesar do atraso)
Que o rapaz é grande, espero que fiquem desfeitas.....


Contado por Pai Babado às 01:00
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